A confiança como novo critério de escolha dos consumidores
A confiança deixou de ser uma virtude aspiracional para se tornar a principal métrica de valor de marca. Em 2025, consumidores não se deixam convencer apenas por narrativas, eles buscam coerência entre o que as empresas comunicam e o que entregam.
Segundo o Edelman Trust Barometer 2024, 81% dos consumidores afirmam que a confiança é o fator decisivo em suas escolhas de compra. Já a Accenture Brand Trust Report 2025 reforça que 72% das pessoas confiam mais em ações concretas do que em campanhas institucionais.
Isso mostra que a reputação das marcas se constrói, cada vez mais, em torno de experiências reais, transparência nas práticas e consistência de propósito, e não apenas em torno de campanhas criativas ou slogans inspiradores.
Do discurso à entrega: o novo ciclo da credibilidade
Em um cenário de saturação informacional, a credibilidade deixou de vir “de cima para baixo”. Hoje, ela nasce do dia a dia do consumidor: da entrega que chega no prazo, do atendimento que resolve o problema e da empresa que se posiciona com coerência mesmo quando ninguém está olhando.
Marcas que querem ser acreditadas precisam alinhar promessa, experiência e impacto. Não basta dizer que se importa com sustentabilidade se a cadeia produtiva não reflete isso. Tampouco adianta pregar inclusão se o elenco das campanhas não representa a diversidade real do público.
Em outras palavras, a confiança se constrói na prática e se comunica por consequência.
Transparência e autenticidade como estratégia
Outra mudança relevante em 2025 é que a autenticidade deixou de ser um diferencial e passou a ser uma verdadeira estratégia competitiva.
Hoje, empresas que compartilham seus bastidores, métricas de impacto ou até mesmo os erros aprendidos conseguem gerar mais empatia e relevância junto ao público. Dessa forma, a transparência (que antes era vista como vulnerabilidade) tornou-se um símbolo de maturidade e confiança de marca.
Além disso, segundo dados do Nielsen Consumer Trust Index, 83% dos consumidores preferem marcas que demonstram autenticidade em vez de perfeição. Portanto, esse comportamento reforça a ideia de que a verdade é um ativo poderoso de marketing, especialmente quando comunicada com clareza, consistência e propósito.
Tecnologia como aliada da confiança
Ferramentas de inteligência artificial e análise de dados também têm papel central na manutenção da confiança. Elas permitem personalizar jornadas, prever demandas e garantir experiências coerentes entre canais.
Por exemplo, marcas que utilizam IA para mapear o sentimento do consumidor conseguem reagir rapidamente a crises, ajustar narrativas e fortalecer sua credibilidade digital. A confiança, nesse contexto, passa a ser um ativo monitorável e mensurável, e não apenas uma percepção subjetiva.
Os consumidores de olho na confiabilidade
Em 2025, a confiança não é conquistada com discursos, mas com entregas previsíveis, transparentes e humanas. Marcas que mantêm coerência entre promessa e prática criam relacionamentos duradouros e, mais do que isso, transformam a credibilidade em vantagem competitiva.
Na era da desinformação, quem inspira confiança não fala mais alto. Fala com verdade, entrega com consistência e cresce com propósito.
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